quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Um grande equívoco (?)

Uma amiga mandou um e-mail pra mim, daqueles questionários típicos que circulam pela internet e, ao lê-lo, fiquei pensando sobre uma das respostas que ela deu:

Amaste tanto alguém que choraste muito por ele(a)?
Amor não faz chorar. Se causou dor, não foi amor.

Será mesmo? Esta questão martelou muito na minha cabeça nestes últimos dias. Pôxa, se eu for dar crédito a esta afirmação vou dizer que os últimos 7 anos da minha vida foram uma ilusão. Acreditei durante este período que amava profundamente, que vivenciava o melhor dos momentos e o mais intenso dos sentimentos. Entretanto, me cabe assumir: em muitas oportunidades ele me causou dor. E ainda causa.

Como 1+1 ainda resulta em 2, conclui-se então que não foi amor?

Quando alterei meu rumo, segui por um caminho obscuro, incerto, mas extremamente prazeroso, que me completava e dava sentido a minha vida, estava fazendo tudo isso por algo que só na minha mente (ou coração?!?) era amor?

Honestamente, não creio. O amor é maravilhoso, mas não é perfeito. Ele é único entre os sentimentos e é também único entre as pessoas. É como o DNA, a impressão digital. Não se repete, não há paralelo. Cada um tem o seu, exclusivo, à sua maneira. E, de peito aberto, posso dizer: o meu doeu forte, no fundo. Uma dor ácida, irremediável, quase física. Contudo não deixou de ser a mais maravilhosa das minhas experiências. Não o descarto. Nunca. Não quero passar pelo Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças e apága-lo da minha memória. Mesmo porque, certos brilhos são realmente eternos.

Posso estar enganado, mas prefiro acreditar que amei intensa e profundamente!


Ouvindo:
Keane - A Bad Dream

terça-feira, 28 de agosto de 2007

The Bubble

Alguém já viu este filme?

The Bubble (Ha-Buah) é do mesmo diretor de Delicada Relação (Yossi & Jagger) e, apesar de haver semelhanças na narrativa de ambos, este é um pouco mais incisivo, ao tratar das vidas, amores e políticas dos personagens.

Noam, Lulu e Yelli são três amigos que moram juntos em Tel Aviv, Israel. Suas rotinas são alteradas com a chegada de Ashraf, palestino a quem eles dão abrigo e que inicia um romance com Noam. Há várias vertentes no filme, entretanto a tensão sempre implícita nas cenas pelos conflitos entre Israel e a Palestina dão o tom da história.

Emocionante, engraçado e bem filmado, fica-se ao final com o gosto amargo que a estupidez humana é capaz de provocar.


Ouvindo:
Bright Eyes - First Day of My Life

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Alguns filmes

Seguindo o empenho do Bruno, posto abaixo uma lista com alguns filmes que eu recomendo. Não pensei em todos os filmes existentes, somente naqueles que tenho em minha DVDteca, tá? Então vamos lá:

Para dar um frio na espinha:

Título: OS OUTROS
Título Orig.: The Others
Direção: Alejandro Amenábar
Ano: 2001
Elenco: Nicole Kidman, Fionnula Flanagan, Christopher Eccleston
Por que vale a pena: O clima soturno da casa e a convicção da mãe são cruéis.




Para rir:

Título: PEQUENA MISS SUNSHINE
Título Orig.: Little Miss Sunshine
Direção: Jonathan Dayton
Ano: 2006
Elenco: Abigail Breslin, Greg Kinnear, Steve Carell
Por que vale a pena: Muitos adultos não tem a perseverança desta garotinha, principalmente convivendo num ambiente conturbado.



Para pensar na vida:

Título: BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS
Título Orig.: Eternal Sunshine of the Spotless Mind
Direção: Michel Gondry
Ano: 2004
Elenco: Jim Carrey, Kate Winslet, Mark Ruffalo, Elijah Wood, Kirsten Dunst
Por que vale a pena: Assistir com bastante atenção, perceber o sofrimento das personagens e... tirar suas conclusões!


Para ver com o coração:

Título: O REI LEÃO
Título Orig.: Lion King
Direção: Roger Allers
Ano: 1994
Elenco: ***********
Por que vale a pena: Animação é pra criança? Você ainda pensa assim? Que pena...




Para voar por outros ares:

Título: PLATA QUEMADA
Título Orig.: Plata Quemada
Direção: Marcelo Piñeyro
Ano: 2000
Elenco: Leonardo Sbaraglia, Eduardo Noriega, Pablo Echarri, Leticia Brédice
Por que vale a pena: Filme argentino de uma beleza incontestável.




Para admirar uma interpretação inspirada:

Título: O LENHADOR
Título Orig.: The Woodsman
Direção: Nicole Kassell
Ano: 2004
Elenco: Kevin Bacon, Kyra Sedgwick, David Alan Grier, Benjamin Bratt
Por que vale a pena: Pedofilia é um assunto delicado, ainda mais num filme. Imperdível, principalmente pela performance do protagonista.


Vou começar com estes, depois publico mais...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Reforma ortográfica

Para quem, como eu, adora escrever, um assunto de extrema valia:

O que muda com a reforma da língua portuguesa
da Folha de S.Paulo (20/08/2007)

As novas regras da língua portuguesa devem começar a ser implementadas em 2008. Mudanças incluem fim do trema e devem mudar entre 0,5% e 2% do vocabulário brasileiro. Veja abaixo quais são as mudanças.

HÍFEN
Não se usará mais:1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente.
Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"

TREMA
Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados

ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)
Acompanhe as notícias da Folha Online em seu celular: digite wap.folha.com.br.2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)

ALFABETO
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"

ACENTO CIRCUNFLEXO
Não se usará mais:1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"

ACENTO AGUDO
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem

GRAFIA
No português lusitano:
1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"
2. será eliminado o "h" de palavras como "herva" e "húmido", que serão grafadas como no Brasil -"erva" e "úmido"

Até quando?


Não compreendo as pessoas (nem todas, é verdade). Como pode existir gente tão indecisa, tão imatura assim?

O pior é que isso afeta quem está diretamente ligado a elas.

A vida precisa de um rumo, um caminho definido. Não deixe ela ir passando, assim, sedentariamente.

Acho que vou aderir ao movimento CANSEI... será que ajuda?


Ao amigo de sintonia:

Sei bem, como você, o que significam várias estradas sempre com o mesmo destino. E agora compreendo (e apóio) sua decisão sobre os espaços.

Ouvindo:

sábado, 18 de agosto de 2007

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Em algum lugar do passado

Estava vasculhando umas coisas antigas e (como pode ser tão surpreendente a vida) me deparei com um arremedo de poesia que escrevi há muitos anos. De qualquer maneira me causou uma certa nostalgia, principalmente por se encaixar perfeitamente no meu hoje.

Há momentos em que, mais do que nunca, aquele dito maltrapilho "o mundo dá voltas" se faz presente e confirma sua existência. Fico com a nítida sensação de um dé jàvu, mesmo tendo a convicção de que o momento é outro. Será que ando, ando e ando e saio sempre no mesmo lugar?

Abaixo vai a bendita. Bom dia a todos!

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Cadeira Quebrada
Fabrício Rocha

O que aprender quando o tombo é alto?
Não se consegue ver, um vazio que assola
Correr, tentar fugir, dar um grande salto

De nada adianta se as pernas não querem ir
Faz-se força, nada-se contra a corrente
Não consegue nem ao menos se redimir

Os alicerces estão tremendo
Os abalos são maiores
Ninguém, ninguém está sentindo
Mas todos que podem ver, estão rindo

Tudo fica vago, perdido
A dor é maior do que parece
Quem quer ajudar não consegue
Quem pode ajudar se esquece

Faz-se então um anúncio declarado:
"Por favor, dê-me uma mão"
O máximo que se consegue é:
"Sinto muito, mas agora não."

Estancar os sentimentos doloridos
Mas a energia não estará perdida
Há de se ter força e conseguir retê-la
Para que a vida seja reerguida

Perder a memória, conscientemente
Assumir sua tristeza, declaradamente
Ainda confiar, inocentemente
E sempre lutar pela felicidade,
Mesmo que seja em um caminho diferente.

Ouvindo:
Israel Kamakawiwo'ole - Somewhere Over the Rainbow

PS: Simplesmente sensacional. Desde que ouvi esta música, nesta versão, a primeira vez há muitos anos (na série Young Americans e no filme Encontro Marcado) não consegui mais me 'desvencilhar' dela.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Eu não acredito no perdão

Perdão: esta palavra tem várias acepções, entre elas "fórmula de civilidade com que se pede desculpa". Mas na verdade convivemos com o perdão como sendo algo acima da mera desculpa. Perdoar, pode-se dizer, é mais nobre, tem valor maior e normalmente uma carga emocional mais elevada.
É justamente nesta parte que começo a duvidar dele. Explico: não dele, propriamente dito, mas da capacidade do ser humano em ofertá-lo. Está implícito no perdão que a "dívida" está quitada não existindo, portanto, mais nada a reclamar. Porém não é bem assim que funciona entre os homens. Se alguém nos faz algo que nos afete, que cause dor, esperamos que ele se redima e quando isso acontece chega a hora de concedermos o tão esperado perdão. Pra mim, nesta fase já começaram os problemas. Perdoar implicaria superar o que foi causado de maneira definitiva, como se ele não tivesse acontecido. O máximo que conseguimos fazer é uma espécie de sepultura sobre o assunto, colocando sobre ele uma pedra (aí, sim, depende de cada um o tamanho desta rocha. Pode variar, sendo uma simpleste lasquinha de pedra que com um sopro sai do lugar e libera tudo de novo ou um pedregulho que faça jus ao nome). O perigo mora justamente aí.

Quando qualquer atitude do "perdoado" se aproximar (nem sempre precisa ser assim tão próximo) do ato que "perdoamos", pronto: já é o suficiente para, pelo menos, uma pulguinha maldita ficar andando atrás da orelha.

Não sou um cara pessimista. Longe disso. Mas esta minha "tese" sobre perdão vem sobre meus 30 anos de vivência. E não somente a minha. Já conversei com muita gente sobre feridas que foram cicatrizadas e, é explícito em cada um, que elas não vão além disso: feridas cicatrizadas. Dá pra entender o problema? A ferida não está mais sangrando, contudo ela continua lá. Não sumiu.

Justamente por enxergar as coisas deste jeito pude passar a refletir melhor sobre as minhas próprias atitudes. Não adianta eu "fazer e acontecer" com o próximo. Ele pode me perdoar. Mas não apaga nada do que fiz e, o pior, fica lá, marcado pra sempre em quem foi atingido.

Acho perdão uma linda palavra. Ela não foi extinta do meu vocabulário. Só a uso de maneira diferente.


Ouvindo:
Rihanna - Don't Stop the Music

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Sobre os três últimos posts

Concluí, depois que já tinha feito, que o último post pode ter ficado um pouco amargo na essência. Como não sou assim (e tão pouco goste de fel), vou deixar hoje um contraponto para passar a falar de outras coisas.

Enveredando, portanto, pela mesma estrada, deixo também uma música (e, por coincidência, da mesma intérprete).

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Minha Herança: Uma Flor
Vanessa da Mata

Achei você no meu jardim entristecido
Coração partido
Bichinho arredio
Peguei você pra mim
Como a um bandido
Cheio de vícios
E fiz assim, fiz assim:

Reguei com tanta paciência
Podei as dores, as mágoas, doenças
Que nem as folhas secas vão embora
Eu trabalhei

Fiz tudo, todo o meu destino
Eu dividi, ensinei de pouquinho
Gostar de si, ter esperança e persistência sempre

A minha herança pra você é uma flor
Um sino, uma canção, um sonho
Nenhuma arma ou uma pedra eu deixarei
A minha herança pra você é o amor
Capaz de fazê-lo tranqüilo, pleno
Reconhecendo no mundo o que há em si

E hoje nos lembramos sem nenhuma tristeza
Dos foras que a vida nos deu
Ela com certeza
Estava juntando você e eu

Achei você no meu jardim


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Pra ser honesto, acho que cantarei esta música com mais tranqüilidade quando as coisas estiverem mais decantadas dentro de mim. Tudo faz parte do processo de aprendizagem (e cabe ressaltar: este processo não pára nunca. Coitado de quem ainda não percebeu). Por isso acredito que uma hora tudo se abrandará e meu peito estará menos carregado.

Ouvindo:
Vanessa da Mata - Minha Herança: Uma Flor (óbvio - de novo!)

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Sobre os dois últimos posts

Nem sempre é fácil tomar uma "benzetacil". Eu mesmo sei disso.

Mas acredito muito que colhemos aquilo que plantamos, portanto: o que tiver que ser, será (e o que tiver que vir, virá!).

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Você Vai Me Destruir
Vanessa da Mata


Está acabando o amor
Você ainda não veio
Não disse não ligou
Se vem viver comigo

Se me quer como amiga
Se não quer mais me ver
Você vai me esquecer
Você vai me fazer padecer

Está acabando o amor
Você já não me pertence
Eu vejo por aí
Você não está comigo

Nessa nossa disputa
Nesse seu jeito bom
Eu não quero saber
Você vai desdenhar
E vai sofrer e vai perder

Você vai me destruir
Como uma faca cortando as etapas
Furando ao redor
Me indignando, me enchendo de tédio
Roubando o meu ar
Me deixa só e depois não consegue
Não me satisfaz

Pensando em te matar de amor ou de dor eu te espero
calada

(Me pinte, me pegue
Me sirva, me entregue
Me deixe, me coma
Me envolva, me ame)


Ouvindo:
Vanessa da Mata - Você Vai Me Destruir (óbvio!)

PS: Vale recomendar - este novo CD dela é ótimo.

domingo, 12 de agosto de 2007

Para reflexão...

"As coisas importantes não são fáceis. 'Fácil' não pertence ao vocabulário dos adultos."

Robert Spritzel - O Sol de Cada Manhã (Weather Man)

Benzetacil

Alguém conhece? Já ouviu falar?

Pois é, este é um poderoso antibiótico, muito forte. O único problema é que ele só pode ser ministrado com injeção e, pra quem não conhece, vou dizer: dói muito. É um líquido um pouco viscoso, branco. Parece leite de magnésia (horrível). Então imagina um líquido espesso assim tendo que entrar no corpo... heheeheh. A própria agulha não pode ser pequena, se não o conteúdo não passa. Costumo dizer que benzetacil não usa agulha, mas um canudinho! Credo. Porém o resultado compensa. Tive uma aplicação dessa ontem, porque estava completamente podre. Minha garganta acabada, mas agora já está melhorando. Cheguei da casa dos amigos muito mal e tentei dormir. É incrível, mas a Alanca parece que sentiu o quão mal eu estava. Normalmente, quando vou dormir ela já vem deitando em cima, com a pata no meu rosto. Curiosamente hoje ela esperou que eu deitasse, acomodou-se ao meu lado, com a cabeça no meu peito e ficou me olhando. Achei lindo isso. Fiquei com a sensação que ela estava me velando. Não é à toa que se diz que o cachorro é o melhor amigo do homem.

Estive pensando sobre a vida. Quantas vezes, mesmo sabendo que vai causar muita dor, não temos que optar por uma benzetacil? É um processo doloroso, mas necessário, para que o mal seja extirpado em definitivo. Quando começa-se a perceber o resultado que ela trás, é possível ver as coisas por outro ponto de vista, tornando-se muito mais fácil aceitar a dor. Os fins justificam os meios.

E a vida vai seguindo, aos trancos e barrancos.

Feliz Dia dos Pais!

Ouvindo:
Sandy e Junior - As Quatro Estações (part. esp. Marcelo Camelo - Los Hermanos)

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Zica

Eu sou um cara zicado. Ou tem um trabalho muito forte sobre minhas costas. Não é possível. Cheguei a esta conclusão depois de inúmeras coisas que dão erradas comigo. A mais recente: comprei há seis meses um XBox 360, video game de última geração da Microsoft. Até aí, tudo bem. Curti muito e me fez distrair de outros problemas. Mas...

Pois é, neste domingo ele deu defeito. As benditas 3 red lights que afligem todos os donos deste console. Até tentamos algumas alternativas, mas nada. Aí, óbvio, tentei recorrer à garantia. Mais um: como meu video game veio direto dos Estados Unidos, a Microsoft Brasil não cobre a garantia. Ou seja, dancei bonito.

Ontem fui a São Paulo levá-lo para consertar. Vai ficar em torno de R$ 250,00. Já tô lascado pela falta de dinheiro, agora só vai piorar um pouco. O que é uma diarréia pra quem já está completamente cagado? Nada, né? Então tudo bem!

Segundo a assistência técnica (Deus queira que façam o trabalho direitinho!) ele deve ficar pronto na quarta-feira da próxima semana.

Isso, óbvio, sem falar da minha televisão. No post de amanhã narro toda a via crucis que estou passando por causa dela (sem contar minha profunda insatisfação).

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

300

Alguém já viu?

Este filme é MUITO bom. Já havia assistido no cinema, e agora que saiu em DVD, aproveitei para revê-lo. Não é todo mundo que curte filme com sangue jorrando por todos os lados, mas a estética gráfica dele é impressionante.

Quem gosta de cinema com bom roteiro, ótima direção e excelentes interpretações, vale a pena conferir. Gosto dos temas: honra, orgulho, traição, coragem.

Narrá-los sem parecer piegas não é uma missão fácil, como pode parecer. E garanto que aqui este cuidado foi tomado.

Gerard Butler faz uma interpretação que parece vir das entranhas. Uma dedicação louvável. E, como aperitivo para nós brasileiros, temos ainda Rodrigo Santoro dando vida a um Xerxes um tanto quanto andrógino.

15 dias

E o infeliz juiz do caso Richarlyson terá 15 dias para se explicar, segundo determinação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Vai depender de sua resposta as medidas cabíveis a serem adotadas contra este indivíduo.

Um mínimo de alento num mar de desilusões.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O tempo passa...

Hoje estou na correria, com várias coisas pra resolver. Estou colocando abaixo o vídeo da Alanca quando não tinha nem dois meses ainda.



Ela agora está linda, com quase cinco anos...

Deu saudade desse filhotinho lindo!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Só pode ser brincadeira

E o pior é que não é!

Para quem não sabe, deixa eu explicar: o Richarlyson, jogador do São Paulo, foi chamado de homossexual por um dirigente do rival Palmeiras em um programa de televisão. Apesar do assunto não lhe dizer respeito, vale dizer que ficou claro que foi um ato falho do dirigente. Houve grande repercussão do assunto na imprensa paulista, gerande debates sobre o respeito às diferenças e o machismo no esporte e o jogador, através de seu advogado, entrou na justiça com uma queixa contra o dirigente.

Até aí, tudo normal. O problema foi a senteça do juiz que julgou o caso. O machismo dele é completamente desproposital revelando uma homofobia assustadora numa sociedade livre. O mais curioso é que um jurista estudado (pelo menos espera-se o mínimo disso pela função que exerce) ir contra o Código Civil Brasileiro, justo ele que deveria fazer valê-lo. Para quem tiver curiosidade, reproduzo abaixo a sentença na íntegra (está mantido inclusive as palavras em maiúsculas escritas por esse magistrado):


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Processo nº 936-07

Conclusão

Em 5 de julho de 2007. faço estes autos conclusos ao Dr. Manoel Maximiano Junqueira Filho, MM. Juiz de Direito Titular da Nona Vara Criminal da Comarca da Capital.
Eu, Ana Maria R. Goto, Escrevente, digitei e subscrevi.
A presente Queixa-Crime não reúne condições de prosseguir.
Vou evitar um exame perfunctório, mesmo porque, é vedado constitucionalmente, na esteira do artigo 93, inciso IX, da Carta Magna.
1. Não vejo nenhum ataque do querelado ao querelante.
2. Em nenhum momento o querelado apontou o querelante como homossexual.
3. Se o tivesse rotulado de homossexual, o querelante poderia optar pelos seguintes caminhos:
3. A – Não sendo homossexual, a imputação não o atingiria e bastaria que, também ele, o querelante, comparecesse no mesmo programa televisivo e declarasse ser heterossexual e ponto final;
3. B – se fosse homossexual, poderia admiti-lo, ou até omitir, ou silenciar a respeito. Nesta hipótese, porém, melhor seria que abandonasse os gramados...
Quem é, ou foi BOLEIRO, sabe muito bem que estas infelizes colocações exigem réplica imediata, instantânea, mas diretamente entre o ofensor e o ofendido, num TÈTE-À TÈTE”.
Trazer o episódio à Justiça, outra coisa não é senão dar dimensão exagerada a um fato insignificante, se comparado à grandeza do futebol brasileiro.
Em Juízo haveria audiência de retratação, exceção da verdade, interrogatório, prova oral, para se saber se o querelado disse mesmo... e para se aquilatar se o querelante é, ou não...
4. O querelante trouxe, em arrimo documental, suposta manifestação do “GRUPO GAY”, da Bahia (folha 10) em conforto à posição do jogador. E também suposto pronunciamento publicado na Folha de São Paulo, de autoria do colunista Juca Kfouri (folha 7), batendo-se pela abertura, nas canchas, de atletas com opção sexual não de todo aceita.
5. Já que foi colocado, como lastro, este Juízo responde: futebol é jogo viril, varonil, não homossexual. Há hinos que consagram esta condição: “OLHOS ONDE SURGE O AMANHÃ, RADIOSO DE LUZ, VARONIL, SEGUE SUA SENDA DE VITÓRIAS...”.
6. Esta situação, incomum, do mundo moderno, precisa ser rebatida...
7. Quem se recorda da “COPA DO MUNDO DE 1970”, quem viu o escrete de ouro jogando (FÉLIX, CARLOS ALBERTO, BRITO, EVERALDO E PIAZA; CLODOALDO E GÉRSON; JAIRZINHO, PELÉ, TOSTÃO E RIVELINO), jamais conceberia um ídolo seu homossexual.
8. Quem presenciou grandes orquestras futebolísticas formadas: SEJAS, CLODOALDO, PELÉ E EDU, no Peixe: MANGA, FIGUEROA, FALCÃO E CAÇAPAVA, no Colorado; CARLOS, OSCAR, VANDERLEI, MARCO AURELIO E DICÁ, na Macaca, dentre inúmeros craques, não poderia sonhar em vivenciar um homossexual jogando futebol.
9. Não que um homossexual não possa jogar bola. Pois que jogue, querendo. Mas, forme o seu time e inicie uma Federação. Agende jogos com quem prefira pelejar contra si.
10. O que não se pode entender é que a Associação de Gays da Bahia e alguns colunistas (se é que realmente se pronunciaram neste sentido) teimem em projetar para os gramados, atletas homossexuais.
11. Ora, bolas, se a moda pega, logo teremos o “SISTEMA DE COTAS”, forçando o acesso de tantos por agremiação...
12. E não se diga que essa abertura será de idêntica proporção ao que se deu quando os negros passaram a compor as equipes. Nada menos exato. Também o negro, se homossexual, deve evitar fazer parte de equipes futebolísticas de héteros.
13. Mas o negro desvelou-se (e em várias atividades) importantíssimo para a história do Brasil: o mais completo atacante, jamais visto, chama-se EDSON ARANTES DO NASCIMENTO e é negro.
14. O que não se mostra razoável é a aceitação de homossexuais no futebol brasileiro, porque prejudicariam a uniformidade de pensamento da equipe, o entrosamento, o equilíbrio, o ideal...
15. Para não se falar no desconforto do torcedor, que pretende ir ao estádio , por vezes com seu filho, avistar o time do coração se projetando na competição, ao invés de perder-se em análises do comportamento deste, ou daquele atleta, com evidente problema de personalidade, ou existencial; desconforto também dos colegas de equipe, do treinador, da comissão técnica e da direção do clube.
16. Precisa, a propósito, estrofe popular, que consagra:
“CADA UM NA SUA ÁREA,
CADA MACACO EM SEU GALHO,
CADA GALO EM SEU TERREIRO,
CADA REI EM SEU BARALHO”.
17. É assim que eu penso... e porque penso assim, na condição de Magistrado, digo!
18. Rejeito a presente Queixa-Crime. Arquivem-se os autos. Na hipótese de eventual recurso em sentido estrito, dê-se ciência ao Ministério Público e intime-se o querelado, para contra-razões.

São Paulo, 5 de julho de 2007

MANOEL MAXIMIANO JUNQUEIRA FILHO
JUIZ DE DIREITO TITULAR

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Lamentável, no mínimo.

domingo, 5 de agosto de 2007

Despedidas


Encontros, partidas e despedidas. Assim a vida vai caminhando. As despedidas são sempre encaradas como momentos difíceis, normalmente de dor e angústia. Entretanto nem sempre é assim. A esperança de um futuro melhor, aliado a momentos de extrema beleza, pode-se determinar um amanhã mais receptivo.

As despedidas fazem parte de nossa jornada e é essencial que ocorram no momento certo, só assim ela ganha um sentido maior e sua importância fica marca no nosso íntimo.


Obrigado!


sábado, 4 de agosto de 2007

Como pode ser tão tosco assim?

Os programas dessas redes de apelo "popular" normalmente são de um tremendo mau-gosto. Como se algo popular tivesse, obrigatoriamente, que ser ruim.

De qualquer forma não vou deixar de me deliciar com estes acontecimentos hilários.




Nota: o engraçado aqui não é forma como o garoto se refere à dançarina - um tanto quanto preconceituosa -, mas sim a reação (se é que houve uma) da apresentadora.

Heroes



Terminei de assistir ontem a primeira temporada de Heroes. Muito bom, vale a pena. Recomendo a quem quer ver algo que vai além dos efeitos especiais e "super-heróis". A série é bem produzida, tem um roteiro bem amarrado (que às vezes deixa a gente um pouco confuso). O que gosto mais é quando a dramaturgia (seja cinema, teatro, tv etc) não trate a vida simplesmente como uma divisão de bem/mal. O ser humano não é assim - ninguém é completamente mau, ninguém é totalmente bom. Todos temos nossos anseios e, principalmente, nossas fraquezas.
Heroes deixa uma mensagem forte sobre valores, respeito, diferenças, ambições e angústias. É necessário esclarecer que há aqui uma semelhança muito grande com os X-Men, tanto nos "poderes" como na forma de lidar com eles, incluindo as aflições dos personagens. Mas antes que alguém o acuse de plágio vale dizer que o próprio Stan Lee - criador dos X-Men - fez participação especial no seriado.
Vale também pelos atores, tanto os novatos quanto os veteranos. Destaque para o Malcom McDowell, que eu não via fazendo nada de repercussão desde Calígula.

Em tempo: parem de comparar Heroes com Lost. Os seriados, apesar de ambos terem sua trama percorrendo pelo sobrenatural, são bem diferentes. Nós temos essa péssima mania de tão logo surja algo novo, destituir imediatamente o anterior do trono e fazer questão degradá-lo (mesmo que tenhamos "amado" - por muito ou pouco tempo). Discordo quando comparam isso com evolução. São coisas muito distintas. Me parece muito mais volatilidade, conceitos fracos!

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

De novo, na web!

Acabo de criar este blog. Na verdade já tive vários e sempre, depois de alguns posts, os abandono. Não sei, apesar de no começo ficar empolgado em escrever sobre meus pensamentos, o que considero relevante em minha vida, as coisas vão ficando meio mornas.

Não sei se desta vez vou continuar. Mas, nada como um novo começo. E é assim que está sendo esta parte da minha vida. Um novo começo. Depois de 7 anos vivendo em função alheia, passo a ter um tempo exclusivamente meu e, apesar de ainda estar angustiado por um futuro completamente incerto, me sinto em paz.

Que venha a vida!