Li a notícia na internet e pude acompanhá-la também no post de um colega blogueiro (
veja aqui).
Não é mais exigido agora o diploma para exercício do jornalismo.
Apesar de não ser minha área de atuação, vejo com certo receio tal medida e é preocupante tentar imaginar onde podemos parar. Parece-me que agora uma porteira foi aberta e a lei está dizendo: pode vir quem quiser, aqui é a casa da Mãe Joana.
Haverá sempre os argumentos apoiando a decisão, como "os melhores se sobressairão", mas vejo a questão de uma maneira delicada.
Sendo obrigatório, como era, o diploma realmente deveria ser exigido pelos órgãos que contratam os jornalistas e com as devidas punições para que não o fizesse. Não creio que as normas tenham que ser inflexíveis mas que os casos atípicos sejam tratados como tal, limitadas e rigorosamente analisadas. Todavia sabemos que em nosso país as exceções acabam virando regra e tudo se transforma no samba-do-crioulo-doido.
Sou ator formado - com meu DRT conseguido a duras penas - e já se tornou corriqueiro ver, na TV ou em qualquer outro lugar, pessoas exercendo a profissão meramente por questões estéticas ou comerciais. Ora, há lugar para todos, dirão. Mas não é bem assim. Quando se observa alguém fazendo sem o menor preparo aquilo para o qual você se empenhou, dedicou seu tempo e esforço é triste.
Há muito a se discutir, mas a decisão mostra claramente o caminho que estamos seguindo...